Em meados de janeiro deste ano, a Amasco foi convidada pela CET-Rio para uma reunião a fim de tomar conhecimento do projeto de impacto viário provocado pela revitalização do Complexo do Hotel Nacional, composto de um Hotel, um Centro de Convenções, um Teatro além de uma nova Torre Corporativa e um pequeno centro gastronômico. Esse projeto foi elaborado por conta dos empreendedores e ora encontra-se em análise naquele órgão.

Ficamos surpresos, pois esperávamos receber naquela reunião um documento que contivesse as premissas, cálculos, e as considerações que envolvem as características desse complexo empresarial. Esperávamos, também, que a CET-Rio apresentasse um relatório com o resultado da análise desse projeto de impacto viário, e que a Amasco tivesse acesso tanto ao projeto quanto ao relatório de análise. No entanto, o projeto apresentado compõe-se do conjunto de plantas baixas do empreendimento e de uma tabela com as necessidades de geração de vagas conforme as dimensões e características dos andares.

Em vista da falta de informações necessárias para se avaliar o impacto viário provocado por esse empreendimento, ainda no mês de janeiro, encaminhamos uma carta à CET-Rio na qual frisamos que esperávamos, também, que nos fosse apresentado um relatório com o resultado da análise do projeto de impacto viário, e que a Amasco tivesse acesso tanto ao projeto quanto ao relatório de análise. A Amasco acredita que o projeto arquitetônico dimensionou as vagas de garagem para atender ao mínimo exigido pela legislação municipal.

Na referida carta, a Amasco relacionou à CET-Rio diversas questões que considera relevantes para se poder avaliar o impacto viário:

1) Fluxo de veículos que transita pela rua sob o Hotel Nacional é muito grande. Essa via tornar-se-á “particular” ou restrita, com fluxo restrito?

2) A entrada do estacionamento está muito próxima da curva da Niemeyer, se a fila for um pouco longa, a situação ficará caótica, a exemplo do que acontece no Vivo Rio no horário de início dos espetáculos.

3) Pela manhã, o acesso dos quase 600 carros que acorrerão à Torre Empresarial pelas Avenidas Mendes de Morais ou Aquarela do Brasil, uma vez que a Niemeyer estará fechada. Se a Avenida Niemeyer estiver congestionada, qual será o procedimento? Até onde a fila de carros na Aquarela do Brasil pode se estender?

4) Também há previsão de um (pequeno) centro gastronômico no centro de convenções.

5) A Amasco considera como gravíssimo o fato de haver eventos no Hotel, que normalmente se iniciam e terminam justamente na hora do rush. E certamente haverá com grande frequência a concomitância de eventos no Hotel Nacional e no Hotel Royal Tulip.

6) O Hotel Nacional conta com um grande Teatro. Em função de sua capacidade, quanto se estima a demanda de vagas?

7) A entrada principal da Torre Empresarial será pela rua sob o Hotel Nacional, e em frente à entrada do Hotel. Será que essa rua não deveria ser alargada? Ônibus de turismo poderão estacionar nos dois lados dessa rua para embarque ou desembarque de hóspedes, ou mesmo vans e taxis com hóspedes ou participantes de eventos.

8) Onde ficará o ponto dos taxis que vão atender a esse fluxo de pessoas?

Como se pode ver, as questões são muitas e graves, e não foram minimamente estudadas pelos empreendedores e pelo seu escritório de arquitetura, e nem analisadas pela CET-Rio, razão pela qual a Amasco não pode concordar com a liberação da obra sem que seja apresentada uma solução plausível para as questões acima.

Foi solicitado, ainda, que a análise sobre o impacto viário no bairro leve em consideração tanto o Complexo do Hotel Nacional, quanto o Complexo do Hotel Royal Tulip. São 2 Hotéis + 2 Centros de Convenções + Teatro + Torre Empresarial + Centros Gastronômicos + Academia + Restaurantes).

Em todas as reuniões que tivemos com a Secretaria Municipal de Urbanismo, nos foi assegurado que a licença para início das obras só será concedida mediante o cumprimento de todas as exigências legais, dentre elas o estudo dos impactos viário e ambiental que o empreendimento acarretará para o bairro.

Por fim, a Amasco solicitou acesso irrestrito a toda à documentação referente ao projeto e análise do impacto viário, de forma que possa colaborar com a CET-Rio e atender aos anseios dos moradores do bairro que estão apreensivos.

José Britz – Presidente

BOLETIM 002 – 05/02/2013