São Conrado é um bairro bonito pela sua natureza, inserido numa pequena faixa de terra entre o mar e uma grande floresta urbana de Mata Atlântica nativa.
Há mais de 20 anos, a Sra. Marlene Parente, à época diretora vice-presidente da AMASCO, atuando em parceria com o vereador Luiz Antônio Guaraná junto às Secretarias Municipais de Meio Ambiente, Urbanismo e a Geo–Rio, conseguiu que a área verde contígua à Rocinha, pertencente ao bairro de São Conrado, viesse a ter sua preservação protegida por meio da aprovação da Lei Municipal 9.639/2003 que a transformou essa área verde em uma ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico.
Esta Lei protege uma área preservada que, de início, era de 85 hectares da Mata Atlântica, e vai desde o Retiro dos Padres, na Rua Capuri, até a Gávea, na divisa com o Parque Nacional da Tijuca.
A preservação das áreas verdes no entorno da Rocinha, que não fazem parte oficialmente do Parque Nacional da Floresta da Tijuca mas, que de acordo com o PEU de São Conrado e conforme o Decreto n° 6011, de 4 de agosto 1986, integram o bairro de São Conrado, são de interesse da AMASCO e dos moradores de São Conrado.
Desde 2013, quando começou o desmatamento da floresta nativa protegida pela ARIE com as construções irregulares nas áreas da Vila Verde e Trampolim ambas na Rocinha, a AMASCO vem denunciando este problema às autoridades.
Em 28 de Maio de 2014 a AMASCO oficiou o Subsecretário Municipal de Meio Ambiente para relatar a invasão dentro da ARIE e solicitou a atuação daquela Secretaria para contenção dessa invasão e retirada dos invasores.
Em 26 de julho de 2014, após denúncia da AMASCO referente a construções irregulares no local chamado Trampolim, o Posto de Orientação Urbanística e Social – POUSO notificou os invasores para demolição da construção irregular. Mais uma vez os invasores conseguiram obstar a atuação da Secretaria de Urbanismo por meio de decisão judicial (processo 0209614-52.2014.8.19.0001). A AMASCO solicitou a participação no processo como Assistente do Município.
No dia 10 de Junho de 2015, a AMASCO apresentou denúncia junto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro sobre as devastadoras invasões, construções irregulares, em áreas de proteção e de risco geológico. Nessa denúncia, a AMASCO anexou um dossiê com inúmeras fotografias e plantas, apontando cada invasão e cada nova construção, algumas inacabadas e outras por iniciar, nas áreas do Laboriaux, Portão Vermelho, Cachopa, Dioneia e Vila Verde.
No dia 20 de julho de 2020, a AMASCO, em parceria com a Associação dos Moradores da Rua Capuri e Adjacências – AMOCAD, encaminhou um abaixo-assinado ao Prefeito do Rio de Janeiro para pedir providências imediatas para estancar o desmatamento e as invasões, proteger a ARIE, bem como a demolição das construções irregulares, com a retirada dos escombros e o reflorestamento com espécies nativas da área tombada de São Conrado. Esse abaixo-assinado obteve quase 2.000 assinaturas.
Importante destacar que os moradores de São Conrado, representados pela AMASCO, têm consciência das demandas sociais daquela comunidade e não têm um comportamento de antagonismo em relação aos seus vizinhos.
Ao contrário, a concepção dos projetos do PAC 1 nasceu dentro da AMASCO, que sempre lutou pela urbanização, saneamento e serviços públicos de qualidade para com a Comunidade vizinha.
Os moradores de São Conrado são, de fato, contra a devastação da Mata Atlântica nativa do seu bairro e a degradação da sua flora e fauna.
A Diretoria
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